57 - A pilastra e os bateristas
Início da década de 80, as transformações pelo qual a sociedade passava chega a igreja, provocando momentos de inquietações e suspense. Assim todas as igrejas passaram por adequações a uma nova cultura, que muitas vezes vinham de encontro ao jeito de ser igreja dos anos 60 e 70.
Por essa época o nosso templo estava em fase de acabamento e os cultos eram realizados no salão de baixo. Na época não existia o corredor, ou seja, o auditório ia até as salas, e tinha umas pilastras no meio.
Nessa época, existia em nossa igreja um
conjunto chamado “Libertus”, que era formado por Ademar Almeida, Josias
Guimarães, Luis Antonio e Adauto e as vocalistas Lucinéia, Nádia, Sandra Mesquita e Luciene entre outros.
Pois bem, essas pilastras eram a saída
de nossos bateristas. É que na época, início dos anos 80, era muito difícil ver
nas igrejas os conjuntos com guitarra elétrica e bateria. Isto era coisa do
mundo.
Quando os jovens começaram a
conseguir este espaço, a luta era tremenda, pois era difícil tocar (adorar) e
ver ao mesmo tempo a face de insatisfação de muitas pessoas, em especial, de
alguns líderes.
O baterista então achou o lugar ideal
para vencer esta batalha. Ele tocava escondido atrás da
pilastra. Ele olhava onde sentaria algumas pessoas, e
colocava o banco de tal forma que a pilastra o ocultava dos olhos de
reprovação.
Assim aos poucos, as inovações de um
novo tempo foram quebrando regras que pareciam eternas.
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