sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Pequenas crônicas dos 100 anos da Pibac - 91

 91 -  LÁGRIMAS DERRAMADAS NA COVID

Com o terror das notícias,  a insegurança marcada pelo tempo, as máscaras no rosto, o que se via em muitos olhos eram a tristeza, o receio e a marca da preocupação.  O abraço estava proibido, o aperto de mão muito menos e era comum até mesmo as pessoas não desejarem nenhum tipo de aproximação. 

Em meio a todo o medo, as notícias chegavam e cada vez que no grupo pediam oração dizendo que alguém havia testado positivo para o COVID19 era uma aflição e em meio a tudo isso a PIBAC foi marcada pela perda de alguns membros: o diácono Ademar Almeida dos Santos que foi um dos primeiros, logo em seguida o irmão Levi Corrêa de Macedo que era cunhado de Ademar, Lucila Mendonça que era atuante no nosso coral e no berçário da igreja. Ainda choramos juntos com a Terceira Igreja Batista da Cidade com a morte do Pastor Vanderlei Machado.  

A dor do luto naqueles dias foram marcados pela tristeza, porque não podíamos sequer sepultar os mortos, era algo tão terrível que apenas sabíamos que como família tínhamos que pagar as despesas, mas o restante eram por conta de funerária e administração do cemitério, não haviam sepultamentos com cortejo ou até mesmo culto com a família, como era o costume, pelo contrário, o culto de agradecimento a Deus pela vida era feito online e as pessoas assistiam através de seus dispositivos. 

Quanta dor! Quantos lamentos!

(Pr. Carlos Henrique Soares)

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