quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crônicas da Pibac (2)

Uma história de amor a Deus
Era uma vez um lugar pequenininho, muita areia, muitos pequenos lagos, poucas casas, na verdade quase não havia casas, sempre um vento forte mudando as areias de lugar. Aquelas areias transportadas pelo vento se alojavam em certos lugares e formavam dunas. As poucas pessoas caminhavam de um lado para o outro, era como uma prova de resistência física. As mulheres com latas d'água na cabeça lutavam contra o vento que trazia em seu movimento uma canção; essas mulheres vinham de um único poço. Em meio a tanta água salgada, uma nascente de água doce e gostosa de beber, bem ali na Praia Grande! Que interessante o poder de Deus!
Os homens, pais e filhos, amigos, sonhadores, encantados com a beleza do mar e com o tamanho dos peixes que podiam pegar, atravessavam as ondas rudes e lindas em canoas; os pescadores cheios de esperanças lançavam a rede, os olhos daqueles homens brilhavam vendo-a descer nas águas frias do oceano e traziam-na de volta cheia de peixes que era o sustento do lar.
Era assim, uma vida tranqüila e simples. Um lugar onde a areia dançava acompanhando os assobios do vento, a beleza das praias com águas coloridas e transparentes, o pôr-do-sol, a natureza fazendo o espetáculo fantástico para os olhos de um adorador. Em meio ao simples e ao belo, o sobrenatural poder de Deus.
O Deus Criador, sustentador, o Deus de amor olha para essas pessoas e quer dar-lhes a vida eterna, a paz e fala aos homens que lhe dão ouvidos, fala com homens que se curvam diante dele, que o temem e o reconhecem como verdadeiro e único Deus.
Homens e mulheres sensíveis à voz do Pai passam a anunciar a todas as pessoas que “Jesus Cristo é a Única Esperança”. Povo que ouvindo a Palavra de Deus, sente sua presença e o reconhece pelas ondas do mar, pela areia da praia, pelas águas salgadas e doces.
E em 17 de outubro de 1923, há 80 anos, este povo celebrou, este povo viveu a emoção da organização da Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo. Lutas, sonhos, esperanças, risos e lágrimas. Assim construímos a história de um povo, de uma gente determinada e entusiasmada em anunciar a mensagem de Jesus Cristo, mensagem esta que também nos nossos dias continua sendo anunciada e fazendo a diferença. – “Jesus Cristo é a única esperança”.
Hoje, a Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo mantém-se determinada, ousada, entusiasmada, perseverante na visão de ganhar pessoas para Cristo, ensinando e edificando-as na Palavra de Deus e sendo uma igreja acolhedora, mantendo-se em sua missão (P.E.S.C.A.) proclamando, ensinando, servindo, em comunhão e em adoração.
Há 80 anos a PIBAC continua sendo “Uma Igreja Que Ama”, edificando vidas e escrevendo no Arraial do Cabo “Uma História de Amor a Deus”.
 Pr. José Guilherme de Souza Silva
                                             Seu pastor e amigo
Obs. 1 - Crônica escrita pelo pastor José Guilherme em 2003 por ocasião do octogésimo aniversário da Pibac.
Obs. 2 - Crônicas da Pibac é postado às quintas- feiras.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Entrevista dada ao Blog do Pr. Neemias

Esta entrevista foi postado no blog do Pr Neemias ( http://prneemiaslima.blogspot.com/ ) no dia 22 de junho de 2011.

Entrevista - Pastor José das Neves Oliveira

Minha foto
O entrevistado de hoje é o Pastor José das Neves Oliveira, natural de Arraial do Cabo, membro da Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo desde 1983, sendo pastor auxiliar desde 2005. É Bacharel em Teologia pelo STBSB - Campus Cabo Frio e Licenciado em Filosofia. Casado com Lenir Costa das Neves Oliveira e pai de dois belos jovens: Amanda e Lucas.
Milita na imprensa, assinando o blog http://prjneves.blogspot.com/ 

1 - Por que ser pastor num tempo em que esta figura está tão desgastada e muitos a consideram irrelevante?

Certa vez, Jesus olhou para a multidão e disse que ela era como ovelhas que não tem pastor. E a grande massa humana continua assim: sem saber para onde ir nem o que fazer. Então eu penso que cada vez a figura do pastor há de ser necessária apesar do desgaste natural. Há pouco tempo tive um exemplo disso, quando uma pessoa que sempre achou a figura do pastor irrelevante, nos procurou para pedir uma simples visita a um enfermo querido e, depois, voltou para agradecer o bem que esta visita tinha feito aquela pessoa. Outro motivo digno de se registrar é o testemunho de pastores que exercem o seu chamado com a dignidade, a moral e a ética que a chamada exige. Por último, o mais importante, a chamada de Deus é irresistível.

2 - De forma geral, como está o evangelho na cidade de Arraial do Cabo?
Eu creio que existe um crescimento da população evangélica em nossa cidade, mas ao mesmo tempo percebo que isso não está se refletindo na sociedade e isso é preocupante. Parece que só nos preocupamos com a quantidade e ficamos no negativo quanto à qualidade de vida e de testemunho. Outra coisa que percebo é que há  uma rotatividade de igreja que estão momentaneamente em evidência e, quando isso acontece, há um êxodo para aquela igreja. E isso, na realidade, demonstra que apesar do crescimento evangélico, o povo de Deus continua carente e a procura de preencher o vazio existencial.

3 - As igrejas evangélicas desfrutam de harmonia e paz?
Creio que desfruta mais de paz do que de harmonia. Acho que as igrejas são muitas isoladas, cada um por si e até olham para as outras como uma “irmã concorrente”. Como existe pouquíssima cooperação entre as igrejas evangélicas (com raras exceções), não dá para afirmar que haja harmonia. Além disso, há as diferenças de doutrinas (e como são diferentes) que impedem muitos dos trabalhos em conjunto com medo de se perder a identidade denominacional.

4 - Sua opinião sobre a questão da homossexualidade e os últimos acontecimentos envolvendo o assunto como o PL 122.
A questão da homossexualidade é um tema tão velho quanto os ensinamentos bíblicos. Tanto o novo quanto o velho testamento tem diretrizes de Deus para tratar deste assunto. Quanto a PL 122, se ela fosse uma lei de combate a homofobia, ela não teria essa repercussão toda. Mas em cima dessa lei, procuraram fazer outra que amordaça os direitos de todos aqueles que não concordam com a prática do homossexualismo. Engraçado que o STF, na semana passada, aprovou a caminhada pela maconha, invocando a liberdade de expressão, essa mesma liberdade que querem cassar dos evangélicos.

5 - Como vê o envolvimento de pastores com a política?
Depende do tipo de envolvimento. Particularmente, não sou a favor de pastor que concorra a cargos eletivos. Acho que o chamado dele para o ministério é algo muito mais nobre e necessário. Mas o pastor, como líder de uma comunidade cristã, tem o direito e o dever de influenciar a política de sua cidade com ações positivas e transparentes. E, também, de pastorear irmãos políticos, preparando-os para exercerem as suas vocações como verdadeiros cristãos. Não sou simpático ao ditado “irmão vota em irmão”, me soa como corporativista.  Mas eu gostaria de dar o meu voto a irmãos dignos dele.

6 - Considerações finais:
Sempre é bom refletirmos em como está sendo a nossa caminhada no exercício do ministério pastoral. E essas perguntas por certo me fizeram refletir sobre isso. Agradecendo a oportunidade, coloco-me sempre à disposição para abençoar (e ser abençoado) pelo amado irmão.

Vidas que marcam (12)

          Timóteo, sempre reconhecido  como o jovem Timóteo, o filho da fé  de Paulo também está na galeria de “Vidas que marcam”, principalmente  com o testemunho que as duas epístolas com o seu nome nos traz.
         Mas quero destacar duas citações de Paulo sobre ele como exemplo de sua personalidade e de sua formação. Na segunda epístola, logo no versículo 4,  o apóstolo dos gentios fala que “Recordo-me das tuas lágrimas e desejo muito te ver, para encher-me de alegria.”
Como será que as lágrimas de Timóteo dariam prazer a alma de Paulo. Creio que eram lágrimas de alguém comprometido com a causa do Senhor. Um jovem que, espelhado no seu discipulador, era um líder por onde andava, tendo pastoreado igrejas com sabedoria e amor.
A outra citação é logo no versículo seguinte (II Timóteo 1.5) quando Paulo fala das lembranças da demonstração de fé sincera de Timóteo, de sua mãe Eunice e de sua avó Lóide. Uma família que embora não tenha nascido em berço cristão, soube se apoderar da fé para ter crescimento e maturidade cristã.
Nessas duas pequenas citações, vemos o autor afirmando que “recorda-se”, o que nos dá a entender que Paulo foi marcado pelo testemunho de Timóteo. E isso é algo mais do que especial na vida de um servo do senhor... marcar vidas com o nosso testemunho.
Obs. "Vidas que marcam"  é uma série de textos falando de personagens biblicos que enriquecem a nossa vida cristã com seus testemunhos e é postado no blog às quartas-feira.

Para relaxar (2)

Essa eu vi no facebook da minha amiga Valéria.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Para relaxar (1)

 Um pastor estava visitando um dos membros da igreja.

A dona da casa queria impressioná-lo sobre como ela era uma crente devota.

Apontando para a Bíblia na prateleira falou de maneira bem reverente sobre a Bíblia como sendo a Palavra de Deus.

Seu filho mais novo interrompeu a conversa dizendo:

- Bem, se este é o livro de Deus, então é melhor devolver pra Ele porque nós nunca lemos

Juntos somos melhores (4)



Atos 2.4 - Todos ficaram cheios do Espírito Santo

O propósito da igreja se reunir é o de adorar a Deus e receber de Deus. Culto não é uma reunião qualquer. Quando vamos ao templo para cultuar a Deus, não esperamos por coisas humanas, nem show, nem o agir do homem. Esperamos receber (ou perceber) o agir de Deus em nossas vidas.
Para juntos ficarmos cheios do espírito Santo, temos que ter essa mesma visão. Temos que declarar que dependemos da graça de Deus em nossa vida, pois é Ele, e somente Ele, que renova as nossas experiências e nos permite caminhar segundo à sua vontade.
Todos ficaram cheios do espírito Santo, por que Deus é fiel. Mas esta manifestação de Deus pode não acontecer... e não acontece... no coração de quem não quer. Só experimenta as bênçãos de Deus quem crê, quem vive em intimidade com Ele e , por conseqüência, em harmonia com a igreja.
Assim sendo amado, o milagre de Deus  se realiza no nosso mover. Antes de ir ao templo se reunir com os irmãos ore assim ao Senhor: “Pai, não quero ir para ver o homem, mas para estar na sua presença, te adorar e receber de ti”.
Obs  - Toda segunda feira uma  nova postagem sobre a comunhão da Igreja de Cristo.

domingo, 26 de junho de 2011

2º Congresso da Família na Pibac

Dia 01/07  - 19.45h - Pr. Geraldo Geremias
Dia 02/07 - 09 h -Pr. Erasmo Maia
19.45 h - Pr. Erasmo Maia
Dia 03/07 - 09h - Pr. Erasmo Maia
19.45h - Pr. Erasmo Maia

pastoral do boletim de 26 de junho

Orando sobre as promessas

Amados, Durante os nossos encontros diários da campanha 21 DIAS DE ORAÇÇAO E JEJUM, temos visto Deus se mover entre nós com as suas misericórdias. Temos visto e ouvido as maravilhas que  Deus tem feito no meio do seu povo que clama, provando a Sua fidelidade.  E também presenciado  irmãos  testemunhando do  cuidado do Pai sobre cada uma das vidas.
Mas precisamos continuar orando. Como diz o patriarca Jacó em sua oração  registrada em Genesis 39 , nos versículos 9 e 12: “....ó Senhor, que me disseste...” é necessário fazermos as nossas orações firmados em suas promessas.  Quando oramos firmados nas promessas do próprio Deus, estamos cientes de que Ele mesmo se colocou ao nosso alcance, vindo de encontro as nossas necessidades.
O Senhor quer que sejamos objetivos em nossas orações e específicos naquilo que pedimos. Jesus disse: “... que queres que eu te faça?” , e esta é a pergunta que Ele faz a cada um de nós, que , em aflição, chegamos até a Ele em oração
Então, amada igreja, aproveite esta semana, e venha participar desse clamor ao Senhor pela família. Vamos orar pelo CONGRESSO DA FAMÍLIA que se realizará nos dia 30 de junho e 01 e 02 de julho, pelos pastores convidados, pelos nossos amado,  cujo nome estão na operação André, pelo crescimento do reino de Deus entre nós.
Vamos clamar para que as promessas do Senhor se cumpram em nossas  vidas.

Do seu irmão
Pr José das Neves

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Orvalhos sobre o Arraial (3)


INTIMIDADE COM O SENHOR

Salmo 25:4 - SENHOR, faze-me saber teus caminhos; ensina-me tuas veredas”.
A Palavra de Deus sempre nos afirma que ter comunhão com Deus é essencial para a nossa intimidade com Ele. Para isso, é necessário não só conhecê-lo, mas reconhecer que Ele é o Senhor absoluto de toda a nossa vida.
O texto bíblico acima fala de nossa necessidade de, durante esta intimidade com o Senhor, colocá-lo no trono de nossa vida, fazendo com que a Sua vontade seja conhecida e aplicada por nós.
Amados irmãos, começamos então esse nosso tempo de reflexão e ação pensando em como a intimidade com o Pai pode transformar não só o nosso relacionamento com Ele, mas toda a nossa vida e, em especial, os nossos relacionamentos.
Quando pedimos para que Ele nos ensine as Suas veredas, estamos afirmando que queremos aprender os Seus caminhos para em cima deles traçar os nossos caminhos. Para isso, é primordial termos intimidade com Deus.
Durante a nossa jornada diária, caminhos e mais caminhos, sejam estreitos ou largos, aparecem para ser trilhados por nós e temos que escolher, ou melhor, temos que saber qual é o caminho que vem da minha intimidade com Deus.

Oração
"Pai, que eu possa ser sensível à sua voz e que eu esteja pronto a trilhar pelas veredas que a minha íntima comunhão contigo revelará. Amém.”


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Crônicas da Pibac (1)

Pr. Josué Cerqueira e a irmã Carmem Lúcia
 PASTOR JOSUÉ E A SUA BICICLETA

Lá vem ele. Com o seu jeito incansável, na sua bicicleta azul, a pedalar pelas ruas empoeiradas de nossa cidade. Vem sempre com um roteiro pré-estabelecido, e até mesmo cronometrado, pois o seu desejo é de realizar cinco ou seis visitas só nesta tarde.
Chega junto ao portal da casa, e bate palmas (quem falou que pastor batista não bate palmas), sempre com um sorriso nos lábios, com uma feição carinhosa a transmitir que Jesus ama, e com um coração a transbordar o amor de Deus.
Quantas pessoas em dificuldades, com lágrimas nos olhos, não ouviram os seus conselhos, prestaram a atenção  na leitura da Palavra e acompanharam as suas orações, se sentindo aliviadas com a sua presença pastoral.
Um homem simples, numa cidade simples, a falar com simplicidade do amor de Deus para pessoas simples.
Assim era  o pastor Josué em nossa cidade: o pastor certo, na época certa, para apascentar a nossa igreja.
Depois da visita, subia em sua bicicleta e...
O pastor Josué Cerqueira pastoreou a PIB em Arraial do Cabo na década de 70.


Vidas que marcam (11)


Áquila e Priscila - Um casal com visão do reino de Deus

Uma bela família, Áquila e Priscila, também entram na galeria de “vidas que marcam” com o seu exemplo de família serva do Senhor.
Atos 18 narra um bom pedaço de como essa casa se colocou a disposição do  serviço do Reino, interagindo com o apóstolo Paulo na divulgação do evangelho e abençoando vidas.
Primeiro notamos no versículo 3 que Áquila tinha o mesmo ramo de negócio de Paulo, ou seja, era também fazedor de Tendas. E através desse ofício em comum, nasceu ali uma verdadeira amizade, tendo Paulo ido morar com eles. Essa disposição em acolher os homens de Deus em seus lares é, por certo, uma maneira de testemunhar o que Cristo faz em nosso lar.
No versículo 18 deste mesmo capitulo 18, aparece outra marca que caracteriza este casal: eles vão para o campo missionário juntos. Temos aqui aliado uma consciência forte de família com uma consciência de se envolver com missões. Juntos, Áquila e Priscila  foram evangelizar povos e cidades desconhecidas por eles.
Além de pregar o amor de Cristo, o casal também tinha uma forte consciência de discipulado, e quando perceberam que o jovem Apolo tinha um grande potencial para a obra de Deus passaram a ensinar com precisão a Palavra o Senhor, edificando assim o Reino de Deus.
Romanos 16.5 afirma que a Igreja estava reunida na casa de Áquila e Priscila. Ou seja, as portas do seu lar estavam sempre abertas para ser um local perfeito para se cultuar a Deus.
Que possamos, assim como este amado casal, entregar as chaves de nossa casa para o Senhor.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Procura-se um pastor... segundo o "meu" coração

     Muito interessante este texto do Pr. Geraldo Farias de Souza, da Igreja Batista em Selecta, São Bernado, SP.

     Procura-se um Pastor inteligente o suficiente para me ajudar em tudo o que preciso. Que entenda de Física Quântica, tecnologia de ponta, e possua habilidades pedagógicas. Tipo “executivo”, com soluções rápidas.

     Procura-se um Pastor que me aponte a exata direção que devo tomar. Que me faça pular etapas, pois o bom pastor é aquele que acerta “na mosca”, afinal, não tenho tempo a perder e odeio esperar. Tô sempre precisando de um jeitinho e uma mãozinha - prá ontem.

     Procura-se um Pastor que me dê toda a atenção do mundo. Atendimento personalizado, que não dê a impressão de possuir outras pessoas, famílias e tarefas pra cuidar, além da minha. Um Pastor que esteja em cima do lance. Um ministro “da hora”: Quero linha direta. Mas tem de ser equilibrado: Tá ligado pra me socorrer imediatamente, mas “esperto” pra não se intrometer quando não é chamado.

     O Pastor dos meus sonhos deve pregar sobre as promessas, bênçãos e maravilhas de Deus. Mensagens que edifique meu ego, isto é, me “eguifique”, entende? Sermão do tipo auto-ajuda, sabe? Afinal, igreja é pra gente se sentir bem. Discursos sobre pecado ou santificação são antiquados. Já era! Prefiro cultos com bastante louvorzão, hinos descolados, e de preferência com músicos e dançarinas profissionais.

     Procura-se um pastor que me elogie sempre, nada de repreensões; não me “encha”; não me proíba das baladas, afinal, tô disposta a “bancar” sua igreja com meu dinheiro. Sou exigente mesmo – costumo ir ao PROCON quando insatisfeita. Tem que ficar do meu lado, em qualquer discussão, crise ou problema e confirmar minha razão. Também acho importante que o pastor se vista bem – nada de repetir sapato, gravata ou terno – acho que ganha muitíssimo bem. Ah, e deve mostrar-se satisfeito com tudo. Ser simpático, um gentleman que não me contrarie. Se me contrariar, vou logo avisando: Mudarei de igreja – afinal, há muitas opções por aí...

     Procura-se um pastor que não me cobre compromissos e entenda minha vida corrida. Quero ficar à vontade pra participar da igreja. Chega de cobranças! Tem que ser moderninho, aliás, como são as ovelhas de hoje, não é mesmo?

     Os Classificados foi a forma que encontrei para achar o Pastor segundo o meu coração. E, confesso: Estou animada. Com o aumento de “vocacionados”, de cursos rápidos de Teologia (tipo fast-food) e concílios que mais parecem “conversa de compadres, os homens farão este milagre, se Deus quiser...

     Atenção: Se o seu Pastor se parece com o que eu procuro, me avise...

Assina: Ovelha Pós-Moderna

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Juntos somos melhores (3)


Todos num mesmo lugar


             Atos 2.1 Ao chegar o dia de Pentecostes, todos estavam reunidos no mesmo lugar.

O estar junto era a condição ideal para acontecer a  benção do derramamento do Espírito sobre os cristãos. Isso implica afirmar que a igreja é chamada a estar junto, com um ministrando na vida do outro, trocando experiências e compartilhando o amor do Senhor.
A igreja é essencialmente isto, um ajuntamento santo, uma congregação de homens arrependidos  que são motivados a estarem juntos, pois compreendem que a água da vida é a mesma essência de cada um deles.
Infelizmente, muitas vezes, a própria igreja tenta se esvaziar  a si mesma, se ferindo, se machucando se acusando e se omitindo em amor.
É necessário  entender que é Jesus que nos faz seu povo, que nos faz um só corpo. E que quando aprendemos a caminhar lado a lado, percebemos que juntos somos melhores, pois em união, mais bênçãos  certamente serão derramadas sobre a igreja.

sábado, 18 de junho de 2011

Alerta à nação brasileira é lido na Câmara dos Deputados

Na última quarta, dia 8 de junho, o deputado federal Arolde de Oliveira (DEM-RJ) fez um pronunciamento na Câmara dos Deputados no qual registrou o “Alerta à nação brasileira” feito pelo presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Paschoal Piragine Jr., no dia 27 de maio.
Segundo o deputado, o documento dos batistas brasileiros tem o intuito de garantir a “liberdade religiosa, liberdade de expressão e liberdade de comunicação”, informou a área de comunicação da Câmara dos Deputados.
Além disso, Arolde de Oliveira afirmou que “a CBB, através de suas igrejas, há mais de século presta inestimáveis serviços ao Brasil, tanto na dimensão espiritual do ser humano, quanto no compromisso social na assistência direta aos carentes como nas áreas educacionais e de saúde”.
Após esta palavra introdutória, o deputado federal leu o “Alerta à nação brasileira” na sua íntegra.

Fonte: Convenção Batista Brasileira   -   http://www.batista.com/

Alerta à nação brasileira

Um dos papeis da Igreja na sociedade é ser uma consciência profética capaz de ajudar a cada ser humano (entendido como um indivíduo livre e competente diante de Deus e dos homens, vivendo em uma sociedade pluralista) a discernir valores essenciais que norteiam os relacionamentos em todas as suas dimensões.
É nesse contexto que os batistas – integrantes de uma denominação cristã que, ao longo de toda a sua história, defende a liberdade religiosa, de consciência e de expressão – se manifestam para alertar sobre os perigos que a sociedade brasileira corre diante das novas conjunturas sociais aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que estão sendo propaladas por leis que tramitam no Congresso Nacional e por ações promovidas pelo Executivo.
Assim, alertamos para o perigo:

• De construir uma sociedade em que a legalidade pode ser estabelecida pelos interesses políticos e inclinações pessoais, como ocorreu no caso da releitura contraditória feita pelo STF do artigo 226 da Constituição Federal. O artigo diz:

“Art 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(...)
§3o – Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§4o – Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§5o – Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

Quando uma casa que tem como principal missão defender a Constituição a rasga, corremos o perigo de viver um Estado jurídico de exceção, ao qual a nação brasileira não deseja retroceder.

• De destruir o conceito de família (que não é só cristão, mas universal e multicultural) para reconstruí-lo sob a égide somente da afetividade e não em toda a dimensão de suas funcionalidades como base da sociedade.
• De criar uma sociedade em que os valores essenciais são relativizados, pois onde tudo é relativo nada sobra para apoiar os alicerces do nosso futuro.
• De viver em uma sociedade que abandona os valores divinos revelados nas Escrituras Sagradas, pois a História, desde os tempos bíblicos, têm demonstrado que sociedades que abandonaram os valores mais elementares implodiram por perderem os seus pilares sustentadores – ainda que tenham sido, em algum momento, grandes potências no contexto universal.

Tais atitudes nada mais são do que a iniqüidade institucionalizada. Assim, conclamamos a sociedade brasileira a continuar mostrando que existem opiniões divergentes. Sem discriminação e com respeito a cada indivíduo, tais manifestações visam a defesa de valores pessoais e sociais, com integridade. Somente quando todos os segmentos da sociedade se expressam é que as forças políticas de nossa nação se sensibilizam para obviedade dos valores essenciais, como no caso recente da decisão de nossa presidente, Dilma Rousseff, ao impedir a distribuição do chamado “kit contra a homofobia ” nas escolas públicas.

Curitiba, 27 de maio de 2011

Pr. Paschoal Piragine Jr.
Presidente da Convenção Batista Brasileira.

Fonte: Convenção Batista Brasileira   -  http://www.batista.com/

Batistas em defesa da liberdade de consciência e expressão

No dia 1° de junho uma comitiva dos batistas brasileiros, que contava com o diretor executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Sócrates Oliveira de Souza, esteve em Brasília para expressar de forma clara a sua oposição a iniciativas no âmbito governamental que possam ferir a liberdade de consciência e de expressão do povo brasileiro, como o Projeto de Lei 122/06, bem como a última decisão do Supremo Tribunal federal sobre a união homoafetiva.
Inicialmente os líderes batistas participaram de um encontro do Fórum Evangélico Nacional no Auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, oportunidade na qual aconteceu um seminário que debateu os temas da defesa da vida, da família e da liberdade de expressão.
Posteriormente, os líderes batistas entregaram à frente parlamentar evangélica o “Manifesto em favor da liberdade de consciência e de expressão”, em nome  da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE) e da qual a Convenção Batista Brasileira é uma das signatárias.
Além do pastor Sócrates Oliveira de Souza, os batistas foram representados nesta oportunidade por dezenas de líderes como o pastor Vanderlei Marins (2ª vice-presidente da Convenção Batista Brasileira), o pastor Hilquias da Anunciação Paim (presidente da Convenção Batista Paranaense), o pastor Josué Mello Salgado (pastor da Igreja Memorial Batista de Brasília, e ex-presidente da CBB), a educadora Klaudy Garros (secretária executiva da ABIEE), o pastor Paulo Lomba (da Igreja Batista da Asa Sul, de Brasília), o pastor Valter Amorim (da Igreja Batista Cavaleiro, de Recife), pelo deputado Arolde de Oliveira e pelo senador Walter Pinheiro.

Fonte: Convenção Batista Brasileira    http://www.batista.com/

Pronunciamento do presidente da Convenção Batista Brasileira

Pronunciamento de Pr. Paschoal Piragine Jr, presidente da Convenção Batista Brasileira




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Orvalhos sobre o Arraial (2)

Sobre o ARRAIAL também caia o maná.
Números 11. 9- “Quando, de noite, descia o orvalho sobre o ARRAIAL, sobre este  também caía o maná.”
Se todos os dias temos as bênçãos “normais” daquele dia em forma de orvalhos que nos faz revigorar e nos vivifica com a presença do Senhor, devemos perceber que sobre nós, vem também o maná.
Houve um tempo no deserto, que o povo de Israel estava com dificuldades de sobrevivência. Foi  uma época difícil, em que alguns homens murmuraram contra Deus enquanto que outros, como Moisés, clamavam ao Senhor.
Foi desde clamor que veio o maná. Muito se tem debatido sobre o que seria este maná, mas de uma forma simples podemos conceituar que maná era uma alimentação de origem divina.
Maná é aquela resposta de Deus para a nossa oração. É quando Deus, de forma muito amável, abaixa os seus ouvidos para ouvir os sussurros de crente fiéis a Ele, clamando por salvação, saúde, discernimento, liberdade  e etc.
Maná sobre o arraial é Deus ouvindo o povo e providenciando as bênção de acordo com a sua santa vontade  e sabedoria. É  Deus bem perto, caminhando com os seus no deserto da vida, mostrando o caminho para o oásis.
Maná sobre você, amado irmão, é Deus ouvindo a sua oração, acalmando o seu coração e te fazendo compreender que é Ele, e só Ele, que te sustenta, te alivia... que te ama.
Maná e a expressão do amor de Deus em ação.
Oração
Obrigado Pai, por que em meio aos desertos que surgem em minha vida, eu percebo a sua companhia a andar comigo, a me carregar, a me sustentar. Obrigado por que és fiel a mim. Amém.

Obs - Toda  sexta-feira uma nova postagem da série de devocionais  "Orvalhos sobre o Arraial".

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vidas que marcam (10)


         Era um homem errante que estava sentado a beira de um caminho cheio de incertezas e temores. Ele era cego. E por causa de sua enfermidade era duramente discriminado.  Ser cego no século I era literalmente viver em trevas, pois era rejeitado pela sociedade e a sua enfermidade era visto pelos religiosos como maldição  de algum pecado.
         Mas se por um lado ele era cego, ele compensava isso com uma percepção muito profunda e uma convicção que faria a diferença. Foi assim que ele percebeu a aproximação de uma multidão de pessoas que estavam como que extasiadas com os sinais  deu um filho de um carpinteiro.
         Ele viu que esse filho de um carpinteiro, Jesus, era a solução para o seu problema, e com esta convicção definida em seu coração  verbalizou em alto e bom som o desejo do seu coração: “Mestre, tendes compaixão de mim”.
         Mas o que define ao cego Bartimeu como “vidas que marcam” foi a sua ação em busca do objetivo maior. Ele levantou-se e se despiu de sua capa. Capa esta que significava tudo o que ele tinha. Representava a sua identidade, a sua realidade, a sua vida. Ao jogá-la de lado estava afirmando que a partir da agora, sua fé estava depositada naquele Santo Homem que estava passando. E Ele foi abençoado pela sua ação.

Obs. Este “vidas que marcam”  é baseado na mensagem que a Profª. Evonilmar pregou na pibac no dia 14 de junho de 2011.

Vidas que marcam (9)

         Às vezes pessoas anônimas marcam  as nossas vidas profundamente, e ficamos a perguntar quem é ela? O que faz da vida?  Por onde estará?
Ser anônimo não é nem pode ser insignificante. Muito menos invisível. 
         Vidas que marcam traz hoje, para nossa reflexão, a história de uma mulher anônima, que viveu profundamente algumas horas dialogando com Jesus ao lado de um poço e esse diálogo mudou sua vida para sempre.
         Ela é conhecida como a mulher samaritana, e o texto bíblico que se encontra no Evangelho de João, no capítulo 4, fala da transformação total dessa mulher, que chegou até o poço cheia de uma sede que ela mesma não entendia, e por isso tinha a vida toda enrolada, e que após experimentar a “Água da Vida” foi totalmente saciada.
         Interessante que ela era uma pessoa religiosa, mas aprendeu que se envolver com Jesus é muito mais do que ter uma religião. É ter a “Água da Vida” a matar a sede de viver. É ter vida com abundância. É ter vida eterna.
         Não sabemos se  chamava Maria, ou Rachel, ou Ana. Poderia ser Joana ou até mesmo Barbara. Na verdade, o nome pouco importa, pois ela pertence a galeria de “Vidas que marcam” por que se deixou ser transformada por Jesus. E essa restauração, essa renovação, esse testemunho de uma nova vida em Cristo é a sua herança para nós.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Juntos somos melhores (2)



Revestidos para testemunhar

Atos 1.4 - Enquanto participava de uma refeição com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.
Atos 1.8 - Mas recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.

            Desde o inicio da igreja, notamos a importância da comunhão e da unidade da mesma. Podemos afirmar que juntos somos melhores que recebemos o revestimento do Espírito Santo para sermos testemunhas do que Cristo fez (e faz) em nossas vidas.
            Notemos aqui que a unidade estava refletida não só em participar da refeição com o Senhor, mas também de ficar na expectativa do cumprimento da promessa.
            E a promessa que a igreja possui, com a presença do Santo Espírito, é a de juntos, proclamar este maravilhoso amor que nos alcançou, testemunhando de tudo o que Ele é para nós.
            Temos que, como Igreja de Cristo que somos, entender que fazemos parte de corpo, onde Ele é o cabeça, e nos guia, juntos, para fazermos a sua obra e a sua vontade.
Juntos somos melhores, porque a missão é nossa como igreja de Cristo

Obs  - Toda segunda feira uma  nova postagem sobre a comunhão da Igreja de Cristo.

Fotos da Cantata na Pibac

Algumas fotos da cantata realizada na Pibac neste domingo, dia 12 de junho


domingo, 12 de junho de 2011

Cantata na Pibac

 Cantata do coral da Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo -  Dia 12 de junho, às 20 horas.
Você é o nosso convidado especial

Homenagem ao Dia do pastor (2)

Ser Pastor

Qual o sentido dessa palavra? Ser pastor! Uma afirmação tão pequena, mas repleta de tanto significado!
Ser pastor é muito mais que ser um pregador. Está além de ser um administrador de igreja. Muito além de professor ou conferencista. Ser pastor é algo da alma, não apenas do intelecto.
Ser pastor é sentir paixão pelas almas. É desejar a salvação de alguém de forma tão intensa, que nos leve à atitude solidária de repartir as boas-novas com ele. É chorar pelos que se mantém rebeldes. É pensar no marido desta irmã, no filho daquela outra, na esposa do obreiro, nos vizinhos da igreja, nos garotos da rua. Ser pastor é tudo fazer para conseguir ganhar alguns para Cristo.
Ser pastor é festejar a festa da igreja. É alegrar-se com a alegria daquele que conquista um novo emprego, daquele que gradua-se na faculdade, daquele que recebe a escritura da casa própria ou do outro que recebeu alta no hospital. Ser pastor é ter o brilho de alegria ao ver a felicidade de um casal apaixonado, ao ver o sucesso na vida cristã de um jovem consagrado, é festejar a conversão de um familiar de alguém da igreja por quem há tempos se vinha orando. Ser pastor é desejar o bem sem cobiçar para si absolutamente nada, a não ser a felicidade de participar dessa hora feliz.
Mas ser pastor também é chorar. Chorar pela ingratidão dos homens. Chorar porque muitas vezes aqueles a quem tanto se ajudou são os primeiros a perseguirem-nos, a esfaquearem-nos pelas costas, a criticarem-nos, a levantarem falso testemunho contra a igreja e contra nós. É chorar com os que choram, unindo-nos ao enlutado que perdeu um ente querido, é dar o ombro para o entristecido pela perda de um amor, é ser a companhia do solitário, é ouvir a mesma história uma porção de vezes por parte do carente. Chorar com a família necessitada, com o pai de um drogado, com a mãe da prostituta, com a família do traficante, com o irmão desprezado.
Ser pastor é não ter outro interesse senão o pregar a Cristo. É não se envolver nos negócios deste mundo, buscando riquezas, fama e posição. É saber dizer não quando o coração disser sim. É não ir à casa dos ricos em detrimento dos pobres. É não dar atenção demasiada para uns, esquecendo-se dos outros. É não ficar do lado dos jovens, em detrimento dos adultos e vice-versa. Ser pastor é não envolver-se em demasia com as pessoas, ao ponto de se perder a linha divisória do amor e do respeito, do carinho e da disciplina.
 Ser pastor é não aceitar subornos nem tampouco desprezar os não expressivos.
Ser pastor é ser pai. É disciplinar com carinho e amor, conquanto com a firmeza da vara, da correção e, não raras vezes, da exclusão de pessoas queridas. É obedecer a Bíblia, não aos homens. É seguir a Deus, não ao coração. Ser pastor é ser justo. Ser pastor é saber dizer não, quando a emoção manda dizer sim. Ser pastor é ter a consciência de não ser sempre popular, principalmente quando tiver que tomar decisões pesadas e difíceis, e saber também ser humilde quando a bênção de Deus o enaltecer diante do rebanho e diante do mundo. Os erros são nossos, mas a glória é de Deus.
Ser pastor é levantar-se quando todos estão dormindo e dormir quando todos estão acordados, socorrendo ao necessitado no horário da necessidade. Ser pastor é não medir esforços pela paz. É pacificar pais e filhos, maridos e esposas, sogros e genros, irmãos e irmãs. Ser pastor é sofrer o dano, o dolo, a injustiça, confiando nAquele que é o galardoador dos que o buscam. Ser pastor é dar a camisa quando lhe pedem a blusa, andar duas milhas quando o obrigam a uma, dar a outra face quando esbofeteado.
Ser pastor é estar pronto para a solidão. É manter-se no Santo dos Santos de joelhos prostrados, obtendo a solução para os problemas insolúveis. Ser pastor é não fazer da esposa um saco de pancadas, onde descontar sua fragilidade e cansaço. Ser pastor é ser sacerdote, mantendo sigilo no coração, mantendo em segredo o que precisa continuar sendo segredo, e repartindo com as pessoas certas aquilo que é "repartível".  Ser pastor é muitas vezes não ser convidado para uma festa, não ser informado de uma notícia ou ser deixado de fora de um evento, e ainda assim manter a postura, a educação, o polimento e a compaixão. Ser pastor é ser profeta, tornar o seu púlpito um "assim diz o Senhor", uma tocha flamejante, um facho de luz, uma espada de dois gumes, afiada e afogueada, proclamando aos quatro ventos a salvação e a santificação do povo de Deus.
Ser pastor é ser marido e ser pai. É fazer de seu ministério motivo de louvor dentro e fora de casa. É não causar à esposa a sensação de que a igreja é uma amante, uma concorrente, que lhe tira todo o tempo de vida conjugal. Ser pastor é amar aos seus filhos da mesma forma que ensina aos pais cristãos amarem aos seus. É olhar para os olhos de seus filhos e ver o brilho de seus próprios olhos. É preocupar-se menos com o que os outros vão pensar e mais no que os filhos vão aprender, sentir e receber. É ver cada filho crescer, dando a cada um a atenção e o amor necessários. É orgulhar-se de ser pai, alegrar-se por ser esposo, servir de modelo para o povo. E, quando solteiro, tornar a sua castidade e dignidade modelo dos fiéis, enaltecendo ao Senhor, razão de sua vida.

Ser pastor é pedir perdão. Se os pastores fossem super-homens, Deus daria a tarefa pastoral aos anjos, mas preferiu fazer de pecadores convertidos os líderes de rebanho, pois, sendo humanos, poderiam mostrar aos demais que é possível ser uma bênção. Mas, quando pecarem, saberem pedir perdão. A humildade é uma chave que abre todas as portas, até as portas emperradas dos corações decepcionados. A humildade pode levar o pastor à exoneração, como prova de nobresa e integridade, como pode fazê-lo retomar seus trabalhos com maior pujança e vigor. Há pecados que põem fim a um ministério e ser pastor é saber quando o tempo acabou. Recomeçar é possível, mas nem sempre. Ser pastor é saber discernir entre ficar ou sair, entre continuar pastor e recolher-se respeitosamente.
Ser pastor é crer quando todos descrêem. Saber esperar com confiança, saber transmitir otimismo e força de vontade. É fazer de seu púlpito um farol gigantesco, sob cuja luz o povo caminha sempre em frente, para cima e em direção a Deus. Ser pastor é ver o lado bom da questão, é vislumbrar uma saída quando todos imaginarem que é o fim do túnel. Ser pastor é contagiar, e não contaminar. Ser pastor é inovar, é renovar, é oferecer-se como sacrifício em prol da vontade de Deus. Ser pastor é fazer o povo caminhar mais feliz, mais contente, é fazer a comunidade acreditar que o impossível é possível, é fazer o triste ser feliz, o cansado tornar-se revigorado, o desesperado ficar confiante e o perdido salvar-se. As guerras não são ganhas com armas, mas com palavras, e as do pastor são as palavras de Deus, portanto, invencíveis.
Ser pastor é saber envelhecer com dignidade, sem perder a jovialidade. É ser amigo dos jovens e companheiro dos adultos. Ser pastor é saber contar cada dia do ministério como uma pérola na coroa de sua história. Ser pastor é ser companhia desejada, querida, esperada. É saber calar-se quando o silêncio for a frase mais contundente, e falar quando todos estiverem quietos. Ser pastor é saber viver. Ser pastor é saber morrer.
E quando morrer, deixar em sua lápide dizeres indeléveis, que expressem na mente de suas ovelhas o que Paulo quis dizer, quando estava para partir: "combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé". Ser pastor é falar mesmo depois de morto, como o justo Abel e o seu sangue, através de sua história, de seu exemplo, de seus escritos, de suas gravações. Ser pastor é deixar uma picada na floresta, para que outros venham habitar nas planícies conquistadas para o Reino do Senhor. Ser pastor é fazer com que os filhos e os filhos dos filhos tenham um legado, talvez não de propriedades, dinheiro ou poder político, mas o legado do grande patriarca da família, daquele que viveu e ensinou o que é ser um pastor.
Eu sou pastor.
Obrigado, Senhor!
Pr. Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP

Extraido do http://www.prazerdapalavra.com.br/

Homenagem ao Dia do Pastor (1)

Este texto é do meu amigo e servo do Senhor Pr. Neemias Lima.


Pastor

Ser pastor.
É mais que um cargo,
É um trabalhoso encargo,
Mas não é um fardo, 
Quando cumprido com amor.

Ser pastor.
Não é apenas servir com amor,
É caminhar em meio a dor
E morrer, se preciso for,
Sob o comando do seu Senhor.

Ele foi pastor.
Na verdade, o sumo-pastor.
Sofreu toda dor,
Mas, com amor e por amor,
Trocou o meu fardo,
E, feliz, prossigo,
Vitorioso, ao seu dispor.

Nunca serei como Ele
Um aprovado pastor.
Não entendo porque me chamou
E me capacitou a servir
Com amor.

Eu quero ser um pastor
Que dependa do meu Senhor,
E quero servir com amor, 
Mesmo que me causem dor.

Ajuda-me, Senhor!

*Escrito no dia 05 de junho de 2011, por ocasião do
Concílio Examinatório do Pr. Marcos Magalhães dos Santos

sábado, 11 de junho de 2011

Orvalhos sobre o Arraial (1)



ORVALHOS DE BENÇÃO SOBRE O ARRAIAL
Números 11. 9 “Quando, de noite, descia o orvalho sobre o ARRAIAL, sobre este  também caía o maná”.
É muito bom começarmos essa série de reflexões pensando sobre o orvalho de Deus sobre o seu povo.
Sabemos que o orvalho é uma fonte inesgotável de vitalidade e frescor para as plantas. Sem ele, as plantas iriam se definhar até morrer, principalmente num clima quente e seco como o nosso.
Como é gostoso quando, ao acordar de manhã, mesmo com as calçadas e asfaltos secos, percebermos a grama úmida e as folhas com gotas de água. É o orvalho de Senhor descendo sobre a natureza durante a escuridão da noite.
Assim também o Senhor derrama sobre nós as  suas bênçãos do dia a dia. Sem percebermos, estamos usufruindo dessas gotas de orvalhos que vem sobre nós para nos revigorar para a jornada de um novo dia.
Às  vezes dormimos com uma questão enjoada nos incomodando e ao acordamos, sentimos que aquela grande pressão já se tornou em um pequeno problema de solução fácil.
O orvalho diário é o ar que respiramos,  o abraço de quem amamos, o sorriso inocente das crianças, o apoio dos amigos incondicionais, o ombro de quem nos ouve e nos dá uma palavra de conforto.
O orvalho que Deus deixa cair sobre o nosso arraial  é a sua maneira de nos falar: filho, te amo, eis mais um dia de sua vida. Que possamos valorizar o Deus que cuida de nós na calada da noite
Oração
Pai, obrigado pelo teu cuidado especial por mim.  Pelo ar que eu respiro, pela água que mata a minha sede, pelo alimento que me sustenta, mas em especial, obrigado Pai, por sua presença em minha vida. Amém

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vidas que marcam (8)

         Como falar de Vidas que marcam  na igreja primitiva sem falar de Estevão. Sua aparição no livro de Atos é meteórica e explosiva. Ele passa rapidamente de coadjuvante a personagem principal  de uma época difícil marcada pela intolerância religiosa, pela opressão do poder governamental e da religião oficial.
         Contra a sua perfeita argumentação baseada na Palavra de Deus e na sua intimidade com o Cristo, só restava aos líderes carnais subornar pessoas para caluniar, tornando-o assim passível de prisão.
Outro aspecto que percebemos durante essa manifestação contra a liberdade religiosa e contra mensagem cristocêntrica é a facilidade com que a liderança manuseia as massas, distorcendo todo e qualquer ponto de vista saudável. Alias, em poucos meses, Jerusalém desmente um adágio popular que diz que a voz do povo é a voz de  Deus. O povo primeiro apóia a crucificação de Jesus e a libertação de Barrabás, e agora participa do martírio de Estevão.
Marca na vida Estevão o seu conhecimento pleno da palavra de Deus, fazendo uma síntese do ensino bíblico passando do chamado de Abraão a edificação do templo durante o reinado de Salomão e com coragem e audácia, criticando o próprio sistema pela perseguição e morte de profetas que levantavam a bandeira de Deus.  Desmitificou ainda o templo, reafirmando que Deus não habita em morada construída pelo homem.
Por fim vendo a sua terrível morte se aproximar, ainda teve este a audácia da marcar as nossas vidas ao pedir que o Senhor não imputasse sobre aqueles cruéis homens mais essa maldade. O exercício pleno do perdão. 
Isso só pode vir de um homem cheio do Espírito Santo. Só pode vir de um homem que marcou vidas através do pleno entendimento de sua realidade como servo do Senhor.