quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vidas que marcam (8)

         Como falar de Vidas que marcam  na igreja primitiva sem falar de Estevão. Sua aparição no livro de Atos é meteórica e explosiva. Ele passa rapidamente de coadjuvante a personagem principal  de uma época difícil marcada pela intolerância religiosa, pela opressão do poder governamental e da religião oficial.
         Contra a sua perfeita argumentação baseada na Palavra de Deus e na sua intimidade com o Cristo, só restava aos líderes carnais subornar pessoas para caluniar, tornando-o assim passível de prisão.
Outro aspecto que percebemos durante essa manifestação contra a liberdade religiosa e contra mensagem cristocêntrica é a facilidade com que a liderança manuseia as massas, distorcendo todo e qualquer ponto de vista saudável. Alias, em poucos meses, Jerusalém desmente um adágio popular que diz que a voz do povo é a voz de  Deus. O povo primeiro apóia a crucificação de Jesus e a libertação de Barrabás, e agora participa do martírio de Estevão.
Marca na vida Estevão o seu conhecimento pleno da palavra de Deus, fazendo uma síntese do ensino bíblico passando do chamado de Abraão a edificação do templo durante o reinado de Salomão e com coragem e audácia, criticando o próprio sistema pela perseguição e morte de profetas que levantavam a bandeira de Deus.  Desmitificou ainda o templo, reafirmando que Deus não habita em morada construída pelo homem.
Por fim vendo a sua terrível morte se aproximar, ainda teve este a audácia da marcar as nossas vidas ao pedir que o Senhor não imputasse sobre aqueles cruéis homens mais essa maldade. O exercício pleno do perdão. 
Isso só pode vir de um homem cheio do Espírito Santo. Só pode vir de um homem que marcou vidas através do pleno entendimento de sua realidade como servo do Senhor.

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