segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Pequenas crônicas dos 100 anos da PIBAC - 19


 

Qualquer viagem era uma grande aventura

Na primeira metade do século passado, para ir a  Cabo frio era uma verdadeira aventura. Nossa cidade , pela sua posição geográfica, era a de acesso mais difícil. Os nossos irmãos da igreja só saiam do vilarejo se fosse muito necessário. O jeito mais  prático era, para aqueles que podia, ir nos lombos de cavalos e as crianças nos balaios.

Alguns encaravam a jornada  caminhando por uma trilha a beira  da praia (pontal e foguete). O outro caminho era passando pela trilha dos tropeiros, onde hoje temos a estrada que chega a Cabo Frio pela Vila do sol. Um dos motivos de se fazer uma curva tão alongada era a presença das dunas entre Cabo Frio e Arraial.

Mais tarde, surgiria uma lotação chamada de  “marinete”, que fazia duas viagens por dia no trajeto Arraial-Cabo Frio. De Cabo Frio poderia pegar um ônibus para a capital do estado, Niterói, e uma barca para o Distrito Federal, Rio de Janeiro. Tinha também uma linha ferroviária ligando Cabo Frio a Maricá, e de lá, pegar um outro trem ate Niterói.

Assim, qualquer que fosse  meio de transporte, o cabista só saia de sua cidade se houvesse muita urgência. 

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