Sexto mandamento recíproco
Suportem-se uns aos outros; (Efésios 4. 1 a 3)
“Portanto, eu, prisioneiro no Senhor, peço-vos que andeis de modo digno para com o chamado que recebestes, com toda humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando cuidadosamente manter a unidade do Espírito no vínculo da paz.”
Nestes versículos, Paulo ensina sobre as bases da unidade cristã, falando de algumas qualidades que tem que ser bem trabalhada em cada um de nós. E nas entrelinhas dessas qualidades, como se expressasse que a vida cristã não é fácil como muitos imaginam, aparece o mandamento mútuo ‘suportando-vos uns aos outros’.
A primeira qualidade que Paulo expressa aqui é que devemos andar com humildade. É na verdade uma qualidade que passou a ser valorizada a partir do ensino cristão. Na antiguidade a virtude pagã que tinha valor era a magnanimidade. Quando mais o homem demonstrasse grandeza em todas áreas de sua vida , mais era valorizado. E às vezes essa valorização era ao mesmo tempo uma forma de oprimir ao próximo para ser maior do que ele. Ter humildade é exatamente o contraponto disso.
A segunda qualidade expressa nesses versículos é a mansidão. Outra palavra que vai confrontar com as qualidades exigida pelo mundo pagão, que celebrava a disposição do homem de alcançar seus feitos, não importando o que tinha que fazer para alcançá-lo. Mansidão pode ser traduzido como doçura. Ou seja, Paulo nos exortar para sermos doces em nosso jeito de viver.
A terceira qualidade que vem nem texto é a paciência. Temos que exercitá-la para o nosso convívio diário. O próximo não é exatamente como eu quero que ele seja. Somos cheios de vícios que na verdade vem a confrontar com o que outro espera da gente. Se não formos paciente, toda hora iremos explodir, pois na verdade queremos moldar as pessoas conforme o nosso querer, o nosso pensar, a nossa vontade.
Para exercermos a quarta qualidade, o amor, precisamos então suportar o outro. Temos que procurar entender as razões do agir diferente do que eu quero. O suportar pode ser analisando como caminhar junto, apesar de não concordarmos 100% com o que faz, o que diz, o que é. Ás vezes, infelizmente, queremos amar só o que é perfeito, e em nome disso, não amamos ninguém... e se formos coerentes com esse pensamento, nem a nós mesmos.
Por fim, a última qualidade, aquela que nasce do suportar uns aos outros em amor, é a unidade do Espírito no vínculo da paz. Quando a igreja não expressa essa unidade, essa paz, ela tem que mergulhar dentro de si mesma, numa reflexão profunda, para ver onde está errando, e procurar o caminho certo.
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