quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Plano de aula da lição 9 da EBD -Pibac

LIÇÃO 9 – 3º CONSELHO DE TIAGO: EXERCITEM O DOMINIO DA LINGUA.
Texto bíblico: Tiago 3.1-12 e 4.11
  • Objetivo:
1.     Exercer pleno domínio sobre as palavras.
  • Material necessário:
- Bíblia
- Revista Palavra & Vida
  • Técnicas Utilizadas:
Exposição Oral
Técnica de Grupo: Telefone sem fio.
Conteúdo
Roteiro da Atividade
1º Momento
PREPARAÇÃO
Boas vindas 

Objetivos   e
Texto biblica
  • Inicie a aula dando boas vindas aos alunos e visitantes.

  • Apresente a lição da semana fazendo a leitura do texto bíblico da lição com a participação de toda a classe.
 DESENVOLVIMENTO
  • Desenvolva a Técnica de Grupo: Telefone sem fio (Anexo 1).
  • Após a discussão enumere com os alunos as características da língua destacadas em Tiago.
1 - ANÁLISE DO TEXTO
“não sejais muitos de vós mestres.” (Tg 3.1)
A advertência é para aquele que aspira ao magistério com réprobas intenções: para ter a honra de mestre; para ensinar o que não está disposto a fazer; para ferir as demais pessoas com palavras duras. Tiago diz que do mestre são maiores as cobranças. Por isso mesmo receberá juízo mais severo.

Três metáforas: cavalos, navios, fogo. (Tg 3.3-6)
Tiago usa estas três metáforas para falar do poder destruidor da língua quando mal usada. As duas primeiras servem para ensinar o modo como dominá-la. A terceira revela o seu poder destruidor.
O cavaleiro consegue dominar um cavalo apenas com um pequeno freio colocado na boca do animal. O timoneiro, com a ajuda de um pequeno leme, consegue conduzir o navio para onde quer, mesmo em meio à tempestade.
Para o apóstolo, o homem que põe um freio na sua boca consegue dominar sua personalidade inteira (Tg 3.2). Se o crente puder controlar sua língua é quase certo que poderá controlar tudo o mais. Entretanto, se não controla sua língua, fugir-lhe-á o controle das demais áreas da sua personalidade. O resultado disto é a destruição de tudo o que está à sua volta e de si mesmo.

“gaba-se de grandes coisas” – (Tg 3.5)
O uso desenfreado da língua leva à vaidade, à vanglória, à soberba com que certos crentes aplicam a sua língua. Alguns cristãos exaltavam a sua “sabedoria”, as suas posições de mestres, como se fossem detentores da fonte do saber.

Outra metáfora – a língua é um fogo (Tg 3.6)
Tiago chama a atenção para os efeitos de uma língua não controlada pelo Espírito Santo: é um fogo destruidor. Assemelha-se a uma fagulha que incendeia toda uma floresta.
Tiago ilustra com a metáfora do fogo o poder destruidor da língua. O fogo, que começa com uma centelha, destrói uma floresta inteira, consumindo tudo o que está a sua frente. Quando tiver destruído tudo por si mesmo se destrói, apaga, por não ter mais o que consumir.  Do mesmo modo, a língua tem semelhante poder destruidor.

contamina o corpo inteiro - a língua leva o indivíduo a toda a sorte de pecado. Pelas palavras de sedução, a língua conduz uma pessoa ao adultério. Leva à mentira, à maledicência, à contaminação do corpo.

inflama o curso da natureza – no texto, inflamar quer dizer incendiar, destruir. Deus deu um curso natural a todas as coisas. A natureza é regida por leis que o Criador estabeleceu. Tiago ressalta que até mesmo o curso da natureza está em perigo quando a língua é mal empregada. A língua tem também o seu curso natural. Tiago revela que a língua foi dada ao homem para bendizer ao Senhor e também aos nossos semelhantes (Tg 3.9,10). Mas o mal uso perverte o seu curso natural, levando-a a amaldiçoar vidas e ao próprio Deus.

“mas a língua, nenhum homem a pode domar” (Tg 3.8)
O homem natural, que não tem o Espírito Santo, não consegue, por suas próprias forças, frear e dominar sua língua. Contudo, o homem espiritual somente terá domínio sobre sua língua se deixar-se dirigir pelo Espírito Santo. Assim, obedecerá ao que diz a Palavra.

“está cheia de peçonha mortal - a serpente tem em suas mandíbulas uma “bolsa” de veneno. Quando pica sua vítima, a bolsa é comprimida e o veneno escorre pelas presas e o veneno é injetado. A língua, quando usada para o mal, é tal qual a peçonha percorrendo o corpo da vítima: mata ou destrói. É a arte de “detonar” pessoas. Poucas palavras são suficientes para tirar um irmão da frente de trabalho, causar constrangimento, desconforto e desânimo, a ponto de não mais voltar à igreja.

“com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” (Tg 3.9)
A palavra amaldiçoar na língua original significa “invocar o mal, orar para que venha o mal, proferir imprecações contra.” Tem o objetivo de prejudicar e degradar. Tiago adverte que amaldiçoar o próximo, feito à imagem e semelhança de Deus, é o mesmo que amaldiçoar o Criador.

 “não faleis mal uns dos outros.” (Tg 4.11)
A crítica de Tiago deve-se à atitude de se falar mal da pessoa ausente, que não tem como se defender. A palavra que ele usa tem o sentido de denegrir, difamar. A ordem expressa é parar com tal atitude por comprometer o evangelho.

2 - Faça com os alunos a comparação do Contexto de Tiago com O nosso contexto.
O CONTEXTO DE TIAGO
Os mestres existentes estavam pervertendo os ensinamentos da Lei e o evangelho recebidos.
Usavam o ensino para autoglorificação, como trampolim para galgarem os primeiros lugares e, por este motivo, espantavam os demais irmãos.
Havia, por parte de alguns, o desejo de se tornarem mestres sem terem sido preparados pelo Senhor para esta tarefa.
A maledicência estava arraigada naquela comunidade cristã.
Aqueles irmãos acusavam-se entre si, mas nas reuniões fingiam piedade uns dos outros.
O NOSSO CONTEXTO
Tal qual nos dias de Tiago, há um número considerável de pessoas que querem ser mestres aos seus olhos.
Geralmente apregoam o que não está escrito na Bíblia, distorcem a verdade bíblica difundem sua própria ideologia.
Os poucos mestres que encontramos na igreja pecam pela negligência de não lerem a Bíblia (Rm 12.7). Quando a leem, o fazem às carreiras. Pouco ou nada têm a acrescentar com os seus ensinos. São superficiais em suas experiências e conhecimentos espirituais. Esqueceram-se de que o mestre aos olhos de Deus é aquele que conhece a sua vontade e sabe conduzir o homem à presença de Deus.
A maledicência impera na igreja hoje e parece ser o mal que mais tem afastado as pessoas do evangelho. A igreja é vista como local de fofocas. Irmãos que falam mal dos músicos, do pastor, do culto, dos moços, dos velhos, da Bíblia, de Deus. Tornaram-se constantes expressões do tipo “Não é para falar mal, mas”, “Já sabe do bafão?” “Você precisa saber da última!” e introduzem-se os comentários maldosos. Pode-se não ter tempo para ler a Bíblia, orar, evangelizar, mas há tempo de sobra para as fofocas.
As acusações estão por toda a parte. Qualquer coisa que sai errado na igreja há trocas de acusações severas. Tem de haver um culpado sempre. Será que Deus está satisfeito com tudo isto?
FECHAMENTO
      Þ  Faça a aplicação da lição comentando que é preciso pensar nas consequências que lhe trarão as palavras que vier a proferir. Se usar sua língua para o bem, sua vida será uma bênção para o evangelho e o próximo. Use sua boca para louvar e os seus lábios para glorificar a Deus. Peça ao Senhor que o(a) ajude a refrear sua língua em todo o tempo, e só usá-la para abençoar o seu irmão.
    Encerre a aula compartilhando com a classe o ANEXO 2 -  As peneiras de Paulo e o Salmo 19.14 e faça uma oração de consagração a Deus.
ANEXOS
ANEXO 1 – TÉCNICA DE GRUPO: TELEFONE SEM FIO.

OBJETIVO: Refletir sobre as informações transmitidas.
MATERIAL: um pequeno texto.
LIMITE DE PARTICIPANTES: 8 a 10 alunos e os posicionem na frente da classe, um ao lado do outro.
DESENVOLVIMENTO: Explique que você transmitirá uma mensagem para o primeiro aluno e este passará as informações para o colega ao lado e assim sucessivamente, até chegar ao último. Esclareça que a mensagem deve ser transmitida de forma que ninguém escute, com exceção daquele que está recebendo-a.
Peça para que o último aluno fale qual a mensagem que recebeu. Com certeza a mensagem estará truncada, distorcida, errada.
Em seguida, revele a mensagem inicialmente transmitida.
APLICAÇÃO: Concluam, dizendo que embora seja uma brincadeira, extraímos lições preciosas, tais como: a importância de transmitir o que ouvimos de alguém corretamente. Aproveitando o tema da lição, reforce a autenticidade e a responsabilidade que deve ter as palavras proferidas.

ANEXO 2

Por Judiclay Santos
Sócrates, o pai da filosofia, costumava falar sobre a necessidade de passarmos tudo que ouvimos por três peneiras. Ele estabeleceu como critério o que mais tarde passou a ser chamado de As Peneiras de Sócrates.
Quando alguém chegava para contar-lhe alguma coisa ele perguntava: você já passou o que esta me contando pelas três peneiras? Então, o filósofo fazia três criteriosas perguntas.
A primeira peneira: É verdade o que você está falando? Se a pessoa titubeasse, dizendo: “Eu escutei falar que é verdade.” Sócrates prontamente dizia: “Bom se você escutou falar, você não tem certeza”. A segunda peneira: Você já falou para pessoa envolvida o que está me falando? Se você se importa tanto, a primeira pessoa que deve saber é a pessoa diretamente envolvida. A terceira peneira: O que você vai me contar vai ajudar essa pessoa? Vai ser boa, vai ser útil, vai beneficiar, vai ajudar alguma coisa? Se a pessoa não pudesse responder positivamente ao crivo dessas três perguntas, Sócrates então dizia: Não precisa nem contar; não quero saber.
A Palavra de Deus nos exorta a tomar muito cuidado com o uso da língua. Como cristãos devemos submeter nossa vida ao senhorio de Cristo, inclusive a nossa língua. As Escrituras nos orientam a passar nossas palavras no que iremos chamar de As três Peneiras de Paulo.
A PENEIRA DA VERDADE.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Ef 4.25
A PENEIRA DO AMOR.
Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Ef 4.15
A PENEIRA DA GRAÇA.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe; e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. Ef 4.29
A santificação no falar é uma bênção, pois evita que pequemos contra o Senhor e contra o nosso próximo. Peçamos a Deus toda sabedoria necessária para que possamos abençoar vidas e glorifica-lo por meio do que falamos. Nós todos deveríamos orar como o salmista: “Põe guarda, Senhor, à minha boca. Vigia a porta dos meus lábios”. Sl 141.3 “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” Sl 19.14.
Plano de Aula da lição  da  Revista Palavra e Vida 4° trimestre de 2012

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