LIÇÃO 9 – 3º CONSELHO DE TIAGO: EXERCITEM O DOMINIO
DA LINGUA.
Texto bíblico: Tiago 3.1-12 e 4.11
- Objetivo:
1. Exercer pleno domínio sobre as palavras.
- Material
necessário:
- Bíblia
- Revista Palavra
& Vida
- Técnicas
Utilizadas:
Exposição Oral
Técnica de Grupo: Telefone sem fio.
Conteúdo
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Roteiro da Atividade
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1º Momento
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PREPARAÇÃO
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Boas vindas
Objetivos e
Texto biblica
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DESENVOLVIMENTO
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1 - ANÁLISE DO TEXTO
“não sejais muitos de vós mestres.” (Tg 3.1)
A
advertência é para aquele que aspira ao magistério com réprobas intenções:
para ter a honra de mestre; para ensinar o que não está disposto a fazer;
para ferir as demais pessoas com palavras duras. Tiago diz que do mestre são
maiores as cobranças. Por isso mesmo receberá juízo mais severo.
Três metáforas: cavalos, navios, fogo. (Tg
3.3-6)
Tiago usa estas
três metáforas para falar do poder destruidor da língua quando mal usada. As
duas primeiras servem para ensinar o modo como dominá-la. A terceira revela o
seu poder destruidor.
O cavaleiro
consegue dominar um cavalo apenas com um pequeno freio colocado na boca do
animal. O timoneiro, com a ajuda de um pequeno leme, consegue conduzir o
navio para onde quer, mesmo em meio à tempestade.
Para o apóstolo,
o homem que põe um freio na sua boca consegue dominar sua personalidade
inteira (Tg 3.2). Se o crente puder controlar sua língua é quase certo que
poderá controlar tudo o mais. Entretanto, se não controla sua língua,
fugir-lhe-á o controle das demais áreas da sua personalidade. O resultado
disto é a destruição de tudo o que está à sua volta e de si mesmo.
“gaba-se de grandes coisas” – (Tg 3.5)
O uso
desenfreado da língua leva à vaidade, à vanglória, à soberba com que certos
crentes aplicam a sua língua. Alguns cristãos exaltavam a sua “sabedoria”, as
suas posições de mestres, como se fossem detentores da fonte do saber.
Outra metáfora – a língua é um fogo (Tg 3.6)
Tiago chama a
atenção para os efeitos de uma língua não controlada pelo Espírito Santo: é
um fogo destruidor. Assemelha-se a uma fagulha que incendeia toda uma
floresta.
Tiago ilustra
com a metáfora do fogo o poder destruidor da língua. O fogo, que começa com
uma centelha, destrói uma floresta inteira, consumindo tudo o que está a sua
frente. Quando tiver destruído tudo por si mesmo se destrói, apaga, por não
ter mais o que consumir. Do mesmo modo,
a língua tem semelhante poder destruidor.
contamina
o corpo inteiro - a língua leva o indivíduo a toda a sorte de pecado. Pelas
palavras de sedução, a língua conduz uma pessoa ao adultério. Leva à mentira,
à maledicência, à contaminação do corpo.
inflama
o curso da natureza
– no texto, inflamar quer dizer incendiar, destruir. Deus deu um curso
natural a todas as coisas. A natureza é regida por leis que o Criador
estabeleceu. Tiago ressalta que até mesmo o curso da natureza está em perigo
quando a língua é mal empregada. A língua tem também o seu curso natural.
Tiago revela que a língua foi dada ao homem para bendizer ao Senhor e também
aos nossos semelhantes (Tg 3.9,10). Mas o mal uso perverte o seu curso
natural, levando-a a amaldiçoar vidas e ao próprio Deus.
“mas a língua, nenhum homem a pode domar”
(Tg 3.8)
O homem natural,
que não tem o Espírito Santo, não consegue, por suas próprias forças, frear e
dominar sua língua. Contudo, o homem espiritual somente terá domínio sobre
sua língua se deixar-se dirigir pelo Espírito Santo. Assim, obedecerá ao que
diz a Palavra.
“está cheia de peçonha mortal” - a serpente tem em suas mandíbulas uma
“bolsa” de veneno. Quando pica sua vítima, a bolsa é comprimida e o veneno
escorre pelas presas e o veneno é injetado. A língua, quando usada para o
mal, é tal qual a peçonha percorrendo o corpo da vítima: mata ou destrói. É a
arte de “detonar” pessoas. Poucas palavras são suficientes para tirar um
irmão da frente de trabalho, causar constrangimento, desconforto e desânimo,
a ponto de não mais voltar à igreja.
“com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e
com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” (Tg 3.9)
A palavra
amaldiçoar na língua original significa “invocar o mal, orar para que venha o
mal, proferir imprecações contra.” Tem o objetivo de prejudicar e degradar.
Tiago adverte que amaldiçoar o próximo, feito à imagem e semelhança de Deus,
é o mesmo que amaldiçoar o Criador.
“não
faleis mal uns dos outros.” (Tg 4.11)
A crítica de
Tiago deve-se à atitude de se falar mal da pessoa ausente, que não tem como
se defender. A palavra que ele usa tem o sentido de denegrir, difamar. A
ordem expressa é parar com tal atitude por comprometer o evangelho.
2 - Faça com os alunos a
comparação do Contexto de Tiago com O nosso contexto.
O CONTEXTO DE TIAGO
Os
mestres existentes estavam pervertendo os ensinamentos da Lei e o evangelho
recebidos.
Usavam
o ensino para autoglorificação, como trampolim para galgarem os primeiros
lugares e, por este motivo, espantavam os demais irmãos.
Havia,
por parte de alguns, o desejo de se tornarem mestres sem terem sido preparados
pelo Senhor para esta tarefa.
A
maledicência estava arraigada naquela comunidade cristã.
Aqueles
irmãos acusavam-se entre si, mas nas reuniões fingiam piedade uns dos outros.
O NOSSO CONTEXTO
Tal
qual nos dias de Tiago, há um número considerável de pessoas que querem ser
mestres aos seus olhos.
Geralmente
apregoam o que não está escrito na Bíblia, distorcem a verdade bíblica
difundem sua própria ideologia.
Os
poucos mestres que encontramos na igreja pecam pela negligência de não lerem
a Bíblia (Rm 12.7). Quando a leem, o fazem às carreiras. Pouco ou nada têm a
acrescentar com os seus ensinos. São superficiais em suas experiências e
conhecimentos espirituais. Esqueceram-se de que o mestre aos olhos de Deus é
aquele que conhece a sua vontade e sabe conduzir o homem à presença de Deus.
A
maledicência impera na igreja hoje e parece ser o mal que mais tem afastado
as pessoas do evangelho. A igreja é vista como local de fofocas. Irmãos que
falam mal dos músicos, do pastor, do culto, dos moços, dos velhos, da Bíblia,
de Deus. Tornaram-se constantes expressões do tipo “Não é para falar mal,
mas”, “Já sabe do bafão?” “Você precisa saber da última!” e introduzem-se os
comentários maldosos. Pode-se não ter tempo para ler a Bíblia, orar,
evangelizar, mas há tempo de sobra para as fofocas.
As
acusações estão por toda a parte. Qualquer coisa que sai errado na igreja há
trocas de acusações severas. Tem de haver um culpado sempre. Será que Deus
está satisfeito com tudo isto?
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FECHAMENTO
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Þ Faça a aplicação da lição comentando que é
preciso pensar nas consequências que
lhe trarão as palavras que vier a proferir. Se usar sua língua para o bem,
sua vida será uma bênção para o evangelho e o próximo. Use sua boca para
louvar e os seus lábios para glorificar a Deus. Peça ao Senhor que o(a) ajude
a refrear sua língua em todo o tempo, e só usá-la para abençoar o seu irmão.
Encerre a aula compartilhando
com a classe o ANEXO 2 - As peneiras de Paulo e o Salmo 19.14 e faça uma oração
de consagração a Deus.
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ANEXOS
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ANEXO 1 – TÉCNICA DE GRUPO: TELEFONE SEM FIO.
OBJETIVO: Refletir sobre as informações transmitidas.
MATERIAL: um pequeno texto.
LIMITE DE PARTICIPANTES: 8 a 10 alunos e os posicionem na frente
da classe, um ao lado do outro.
DESENVOLVIMENTO: Explique que você transmitirá uma mensagem para o primeiro aluno e este passará as informações para o colega ao lado e assim sucessivamente, até chegar ao último. Esclareça que a mensagem deve ser transmitida de forma que ninguém escute, com exceção daquele que está recebendo-a.
Peça para que o último
aluno fale qual a mensagem que recebeu. Com certeza a mensagem estará
truncada, distorcida, errada.
Em seguida, revele a
mensagem inicialmente transmitida.
APLICAÇÃO:
Concluam, dizendo que embora seja uma brincadeira, extraímos lições preciosas,
tais como: a importância de transmitir o que ouvimos de alguém corretamente.
Aproveitando o tema da lição, reforce a autenticidade e a responsabilidade que
deve ter as palavras proferidas.
ANEXO 2
Por Judiclay Santos
Sócrates, o pai da filosofia, costumava falar sobre a
necessidade de passarmos tudo que ouvimos por três peneiras. Ele estabeleceu
como critério o que mais tarde passou a ser chamado de As Peneiras de
Sócrates.
Quando alguém chegava para contar-lhe alguma coisa ele
perguntava: você já passou o que esta me contando pelas três peneiras? Então,
o filósofo fazia três criteriosas perguntas.
A primeira peneira: É verdade o que você está falando? Se a
pessoa titubeasse, dizendo: “Eu escutei falar que é verdade.” Sócrates
prontamente dizia: “Bom se você escutou falar, você não tem certeza”. A
segunda peneira: Você já falou para pessoa envolvida o que está me falando?
Se você se importa tanto, a primeira pessoa que deve saber é a pessoa
diretamente envolvida. A terceira peneira: O que você vai me contar vai
ajudar essa pessoa? Vai ser boa, vai ser útil, vai beneficiar, vai ajudar
alguma coisa? Se a pessoa não pudesse responder positivamente ao crivo dessas
três perguntas, Sócrates então dizia: Não precisa nem contar; não quero
saber.
A Palavra de Deus nos exorta a tomar muito cuidado com o uso
da língua. Como cristãos devemos submeter nossa vida ao senhorio de Cristo,
inclusive a nossa língua. As Escrituras nos orientam a passar nossas palavras
no que iremos chamar de As três Peneiras de Paulo.
A PENEIRA DA VERDADE.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu
próximo, porque somos membros uns dos outros. Ef 4.25
A PENEIRA DO AMOR.
Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que
é a cabeça, Cristo. Ef 4.15
A PENEIRA DA GRAÇA.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe; e sim unicamente
a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita
graça aos que ouvem. Ef 4.29
A santificação no falar é uma bênção, pois evita que pequemos
contra o Senhor e contra o nosso próximo. Peçamos a Deus toda sabedoria
necessária para que possamos abençoar vidas e glorifica-lo por meio do que
falamos. Nós todos deveríamos orar como o salmista: “Põe guarda, Senhor, à
minha boca. Vigia a porta dos meus lábios”. Sl 141.3 “As palavras dos meus
lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR,
rocha minha e redentor meu!” Sl 19.14.
Plano de Aula da lição da Revista Palavra e Vida 4° trimestre de 2012
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