Uma nação pecadora
Uma breve exposição versículo por versículo do capítulo 1 de Isaías
V.2- Se rebelaram contra mim - Significa que o
pecado original do homem é a revolta contra Deus por meio da qual ele busca
destronar a Deus do Seu lugar de primazia e substituí-Lo por si mesmo e tendo
sua vontade como a suprema.
V.3
- A ingratidão desses "crentes" rebaixou-os abaixo do nível de bestas
embrutecidas, pois até as bestas reconhecem e apreciam seus proprietários que
as alimentam e cuidam delas
V.4
-Tendo “eles” se rebelado contra a devida soberania de Deus sobre os seus
corações, abandonaram-no totalmente, juntando-se ao inimigo, no que se refere à
vida moral e comportamento
V.5
e 6 - A terra de Israel, e mais especificamente o Reino do Sul de Judá, foi
figuradamente apresentada como a vítima de um doença terrível, e, o que é pior,
sem tratamento adequado.
V.
7 - A linguagem figurada dos versículos anteriores foi agora traduzida em
realidade desagradável, descrevendo a devastação da terra pelas nações
inimigas.
Essa situação demonstra que a rebeldia
a Deus prolongou-se por muito tempo no ministério profético de Isaías.
V.9
– Alguns sobreviventes - Isto é, um remanescente de verdadeiros crentes, por amor de quem Deus pouparia toda
a nação de uma total destruição merecida.
Os versículos 11 a 15 mostram o povo
misturando pecado e culto, ofendendo a Deus.
V.11
- Até mesmo as formas corretas e próprias de culto são inteiramente ofensivas
ao Senhor quando prestado por crentes não arrependidos que tentam suborná-Lo a
fim de que os poupe do castigo que merecem. Deus não aceita e não pode aceitar
mesmo as ofertas mais pródigas e mais dispendiosas que os não arrependidos Lhe
possam colocar sobre o altar.
V.12
- Quando o crente que não tem propósitos sinceros de abandonar seus maus
caminhos, se apresenta diante de Deus no Templo resulta em violência aos sagrados recintos e não em uma entrada
devidamente reverente sobre o pavimento sagrado.
V.13
- Ofertas vãs. Literalmente, uma oferta (de manjares) indigna – indigna por
causa das motivações carnais.
V.14
– Já pensou em Deus falando: estou cansado de suportar o seu culto, a sua
adoração, por causa da sua rebeldia em continuar querendo pecar.
V.
15 - Como essas palmas devem ofender a Deus se estão manchadas com sangue
de vítimas inocentes que foram oprimidas ou mortas!
O fracasso em voltar-se dos seus
pecados tornava esses crentes inteiramente imundos aos olhos de Deus.
O culto formalista é enganoso ao
(falso) adorador, ofensivo a Deus, refletindo mera expressão externa, sem a
verdadeira natureza, sem o verdadeiro significado.
Duas coisas são necessárias para aqueles que pretendem se aproximar
de Deus em busca de perdão e favor: arrependimento do pecado (v. 16) e um propósito
definido de andar nos caminhos da santidade (v. 17).
V.16 a-
Lavai-vos sugere a aplicação da graciosa
promessa do Senhor de purificar aqueles que vêm a Ele da maneira indicada. Isso
inclui o abandono de todo o pecado
conhecido – cessai de fazer o mal – com um sentimento de ódio para com ele e sincero arrependimento de
tê-lo cometido.
V.16 b- De
diante dos meus olhos dá a idéia de que hedionda afronta é para o homem
aparecer, sem arrependimento, diante. de um Deus que tudo pode ver, até mesmo
nas profundezas de uma alma culpada.
V.17- Aprendei a fazer o bem. Isto é, aprendei a
viver virtuosa e honestamente, de acordo com a santa vontade de Deus, e
particularmente sendo justos para com os fracos e oprimidos.
V.17 -Atendei à justiça. Tenham um propósito
firme e consistente de aplicar os princípios da justiça a situações concretas .
V.17 -A preocupação principal de um crente deve
ser a de demonstrar justiça verdadeira e honestidade, até mesmo para com
aqueles que são facilmente vitimados e não podem se defender.
V.17 -Defendei o direito do órfão. Juízo e juiz ambos
vêm de shapat, "julgar". Esta ordem significa: "Sejam justos e
imparciais ao tratar dos direitos do órfão".
V.18
- Por mais hediondos que fossem os seus crimes, embora eles contivessem a culpa
gritante do sangue derramado (e a
tintura escarlate e carmesim aqui mencionadas eram absolutamente firmes e
indesbotáveis), contudo a graça de Deus era capaz de purificá-los completamente
e restaurá-los à brancura imaculada da inocência.
V
.19,20. O destino do povo dependia de sua reação diante desta oferta que exigia que se afastassem de sua maldade para
receber as benévolas promessas do Senhor,
V .19,20 -Se fossem obedientes (isto é, a apresentassem-se
como sacrifícios vivos para fazer a vontade de Deus, fazendo disso o propósito
principal de suas vidas), então seria certo e próprio que Deus lhes concedesse
o Seu favor.
Caso
contrário Deus não seria mais Deus e a Sua palavra não merecia confiança.
Neste
caso o cumprimento veio em duas prestações: a invasão assíria em 701 A. C. e as
invasões dos caldeus em 588-587 A. C. -
Nenhum comentário:
Postar um comentário