Quarto mandamento recíproco:
Tenham
igual cuidado uns aos outros
“14 Porque também o
corpo não é constituído de um só membro, mas de muitos. (15) Se o pé disser:
Não sou mão e, portanto, não faço parte do corpo, nem por isso deixará de ser
do corpo. (16) E se a orelha disser: Não sou olho e, portanto, não faço parte
do corpo, nem por isso deixará de ser do corpo.(17) Se o corpo todo fosse olho,
onde estaria o ouvido? Se o corpo todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? (18)
Mas, na realidade, Deus colocou os membros no corpo, cada um conforme quis. (19)
E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 Portanto, há muitos
membros, mas um só corpo. (21) E o olho não pode dizer à mão: Não tenho
necessidade de ti; nem ainda a cabeça pode dizer aos pés: Não tenho necessidade
de vós. (22) Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos
são essenciais; (23) e os membros do corpo que consideramos menos honrados, nós
os vestimos com mais honra. E os que em nós são vergonhosos vestimos com
dignidade especial, (24) ao passo que os membros mais apresentáveis não têm
necessidade disso. Mas Deus formou o corpo de tal maneira que concedeu muito
mais honra ao que tinha falta dela, (25) para que não haja divisão no corpo,
mas para que os membros TENHAM IGUAL CUIDADO UNS PELOS OUTROS. (26) Se um
membro sofre, todos os outros sofrem com ele; e, se um membro é honrado, todos
os outros se alegram com ele. (27) Vós sois o corpo de Cristo e,
individualmente, membros desse corpo.” (I aos Coríntios, 12. 14 a 27).
Este quarto mandamento mútuo esta inserido num
contexto em que Paulo ensina a igreja em Coríntios, e por extensão, a toda
igreja cristã, quanto ao ser zeloso pelo irmão. Podemos definir esse mandamento
como a necessidade que a igreja de se mostrar igual e imparcial tratamento para
com todos em busca de um bem estar e de um reconhecimento de que todos nós
somos participantes igualitários no Corpo de Cristo.
Infelizmente, a tendência humana faz
com que a comunidade que era para ser “para todos”, acabe privilegiando alguns
enquanto outros acabam se achando fora de foco, Dora de lugar e até indesejáveis.
Na verdade esta é uma das lutas que a igreja sempre batalhou dentro de seus próprios
domínios: como trabalhar e aceitar a unidade em meio a tão grande diversidade.
Talvez seja bom sempre relembrar que
a própria Palavra de Deus nos mostra que os dons diferenciados são na realidade
para todos se complementarem como Corpo “único” de Cristo e que até mesmo os “possíveis”
títulos com que a igreja diferencie alguns, são títulos de servir ao próximo:
Pastor (aquele que cuida, que alimenta, que protege a ovelha) e diácono (escolhido
para servir).
Quando como igreja aprendermos a ter
cuidado uns dos outros, teremos uma unidade preservada, sem divisões
partidárias, sem rivalidades, sem orgulhos e sem auto-suficiência. Seremos tratados
e cuidados mutuamente... seremos cristãos harmoniosos e fraternos.
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