Pequenas crônicas de minha terra (6)
Porto do Forno
Lembranças de que durante a minha adolescência na década de
70, aos domingos à tarde, saiamos em pequenos grupos para o “cais”, poie era um
dia permitido de ser visitar os navios. Era tudo muito limpo e organizado e um tripulante,
vestido como marinheiro, nos acompanhava a falar sobre o navio, a bussola, o
leme, a importância do transporte naval.
O porto do Forno (nosso antigo cais)
está preste a completar 100 anos. O que era um pequeno cais de embarque e
desembarque de pescadores, primeiro se transformou num espaço de barcos maiores
para levar o pescado para a capital da república e outras cidades.
Depois,
como o desenvolvimento das salinas na nossa região, se transformou no ponto final
da saída do “ouro branco” para as outras cidades. Foi algo que cresceu tanto que nos anos 30,
foi construída uma estrada de ferro, onde um trem fazia o Perynas até o porto,
facilitando assim o escoamento da produção.
Nos
anos 50, foi pelo porto que toneladas de máquinas vinham da Europa para a
implantação da Companhia Nacional de Álcalis, exigindo para isso melhorias para
receber grandes navios. Depois, foi
sempre uma parceira importante na indústria, tendo um grande fluxo.
Algo
que mexia com a rotina da cidade era
ouvir os apitos do navio chegando, pois
era um atrativo para a pequena cidade ver aquela grandes embarcações se
aproximar e atracar no cais.
Essas
lembranças me fazem ter a noção que o
Porto do forno, o nosso cais, era algo muito mais nosso. Tínhamos uma espécie d
sentimento de pertencimento que, infelizmente, fomos perdendo com o tempo.
Hoje,
parece que o porto está no Arraial... mas não é nosso.
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