quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pessach – A verdadeira Páscoa


Esta é uma época do ano em todos os cristãos celebram a Páscoa. Momento importantíssimo para nós, tendo em vista a essência do que celebramos.
Com o passar do tempo, coelho, ovos e outras criações populares foram acrescentadas ao evento da páscoa pela sua crendice e superstição. Entretanto, nada tem haver com o verdadeiro significado da Páscoa. Portanto, é importante que saibamos o verdadeiro significado da Páscoa. A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.
A festa dos pães sem fermento começava com a refeição de páscoa e continuava por sete dias. Na noite em que foi traído, Jesus participou com seus discípulos desta refeição. E assim comeu o cordeiro pascal, as ervas amargas e os pães sem fermento. O texto de Êxodo12.15, diz: “Durante sete dias comam pão sem fermento. No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Israel.” No Novo Testamento o fermento é muitas vezes usado como símbolo de pecados como “hipocrisia” (Lucas 12.1). Antes de celebrar a Páscoa, o judeu praticante faz uma busca sistemática em casa para eliminar toda migalha de pão levedado que porventura haja ali.
Hoje, celebramos o cordeiro de Deus que foi morto, ressuscitou e vivo está! Não mais um cordeiro pascal, entregue de forma substitutiva. Mas o Cordeiro de Deus e sua entrega definitiva na cruz do calvário. Mas, algo me chama atenção quanto à ordem de Moises em Êxodo 12.15 (“tirem de casa o fermento”), e as palavras de Paulo em I Coríntios 5.6-8: “O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda massa ficar fermentada? Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade.” Veja que ainda no Novo Testamento, Paulo orienta o povo da Igreja de Corinto a celebrar de forma correta a Páscoa.
O fermento simboliza o pecado, pois em sua pouca quantidade na massa já gera um grande resultado. Não é necessário muito fermento para levedar toda a massa, assim como não é necessário muitos pecados para destruir uma vida, somente um que vai trazendo outros consigo e gerando morte. Jesus não veio para gerar morte nos corações, mas para trazer vida abundante. Portanto, neste dia especial, “livrem-se do fermento velho”, seja “massa nova”, santificados aos olhos de Deus e sejam santos em tudo quanto fizerem.
Cristo em sua morte na cruz cumpriu o significado real do sacrifício judaico do cordeiro pascal. Cristo, o Cordeiro de Deus, foi crucificado no dia da Páscoa. Celebremos a festa dos pães sem fermento (que é a própria Páscoa), escolhendo viver uma vida santa e dedicada a Deus, sem envolvimento com pecados como a maldade, a perversidade e o orgulho. Livre-se hoje do fermento velho! Decida ser uma massa nova, sem fermento e cheia de vida!
Jesus está vivo! Feliz Páscoa!
Em Cristo,
Pr. Ciro Mendes Freitas  - Pastor auxiliar da Segunda Batista em Búzios

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