segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Como evangelizar grupos específicos

LIÇÃO 09
TEXTO BÍBLICO: Mateus 9.35,36

COMO EVANGELIZAR GRUPOS ESPECÍFICOS

         Deus deseja que o evangelho alcance todos, sem distinção. Grupos específicos são: prostitutas, viciados em drogas e álcool, os de opção sexual diferente do ensino bíblico, presidiários, moradores de rua, etc.
         O Brasil é um país de desigualdades. Existem muitos grupos marginalizados. São aqueles colocados à margem da sociedade movidos por preconceitos e falta de oportunidades. Vivem sem esperança, afeto, carinho, amor e salvação. São muitos que se tornaram vítimas de situações sociais opressoras e injustas. Quantos não têm o pão para comer nem a roupa para vestir.            
         Deus quer salvar aqueles que estão na estrada dos vícios, das opressões, da criminalidade, etc. Quantos alcoólatras, drogados, viciados, que estão sendo levados pela correnteza do aprisionamento de suas emoções, intelecto, pelo “pó da destruição”, pela podridão. Deus ama toda essa gente e quer vê-las transformadas e com compromisso com seu Reino eterno e santo.      
        
1. É PRECISO IDENTIFICAR A VERACIDADE DA REALIZADADE HUMANA (vv.35,36)
         Jesus percorria todas as cidades e aldeias (v.35) e viu muitos andando desgarrados e errantes. Sensibiliza-nos, ou não, saber que são muitos os errantes em nossas cidades? Sensibiliza-nos, ou não, saber que muitos estão à margem da sociedade? Sensibiliza-nos, ou não, saber que quando existem ações para essa gente são leis para perpetuar o pecado e para dar legitimidade ao erro? A igreja não pode fazer “vista grossa” para a realidade que assola e ameaça nossa gente que precisa de transformação legítima e autêntica.
         Percorrer todas as cidades e aldeias traz a ideia de alguém, no caso, Jesus, com compromisso de visão ampla e larga. À medida que a igreja percorre a cidade, ou seja, tem uma visão maior, vê a realidade humana.            
         Conheço a história de um jovem crente, comprometido com o Senhor, que, percorrendo a sua cidade à noite começou a ver muita gente desprotegida, sem Cristo e Salvação, mendigos, moradores de rua, etc. Isso o incomodou tanto que compartilhou a visão que Deus lhe deu com seu pastor, vários irmãos e com a igreja e aí surgiu um projeto especial com moradores de rua. Nasceu o Projeto Resgate.
         A igreja pode até ter um lindo templo, pode ter uma “liturgia” cheia de beleza, pode ter um programa educacional invejável, mas a igreja que sai para percorrer a cidade com certeza fará uma mudança em sua agenda de vida e programa.
         Percorrer a cidade e aldeia é o mesmo que levantar os olhos conforme dito do Mestre: “Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4.35).
         Jesus viu muita gente errante, desgarrada e sem apascento. Há muita gente errando quanto à fé, quanto à ética, quanto às suas escolhas de vida porque falta cuidado espiritual. A vocação da igreja é apascentar gente que assim vive.

2. É PRECISO ENTENDER QUE ESSAS PESSOAS PRECISAM SER ALCANÇADAS (v.35)
         O resultado de percorrer serviu não para fazer um censo ou coisa parecida. Não para que houvesse dados e informações. Não foi para que houvesse uma estatística para sensibilizar gente. O resultado de percorrer foi alcançar os perdidos. Todo o tipo de gente. Eram os grupos especiais da época. Buscar informações, ficar sensibilizado e não acontecer algo de concreto não é nada!        
         Remover os preconceitos é uma tarefa necessária, mas difícil. Todos são contra o preconceito, mas quando nos deparamos com os chamados grupos específicos sentimo-nos esmagados pela cultura de separação, muitas vezes, e nesse caso, muito mal conceituado e interpretado. E isso se torna mais difícil ainda quando saímos da fase da evangelização para a etapa da integração.
         Temos temores que precisam ser vencidos. O evangelho sempre foi a força vencedora. Sempre venceu barreiras geográficas, sociais e étnicas. O evangelho de Jesus de forma real pode vencer em nós mesmos essas barreiras e a do preconceito.

3. É PRECISO OLHAR PARA ESSAS PESSOAS COM OS OLHOS DE JESUS (v. 36 a)
         Diz o texto: “Vendo ele as multidões”. Uma forma diferenciada de ver as pessoas. Os marginalizados neste mundo precisam ser vistos de forma diferente da que nos acostumamos a vê-los. Essas pessoas são ovelhas, mas sem pastor. Perceba a maneira como Jesus as vê. Não as chama de lobos, mas de ovelhas. O potencial delas é para o bem. Elas podem ser alcançadas. Vivemos numa sociedade discriminatória, mas a igreja tem os seus olhos diferentes dos do mundo. Os olhos da igreja são os olhos de Jesus. Não podemos continuar olhando com os olhos de reprovação e condenação, mas com os olhos de compaixão. Para desenvolvermos uma ação evangelizadora e missionária com grupos específicos precisamos ter esse olhar. Olhar com os olhos de Jesus significa um olhar terno, apurado e constante. Esse olhar perseverante é preciso porque pensamos que, quando os de grupos específicos chegam, de imediato queremos ver mudança de comportamento e de seu trejeito. Não nos precipitemos com a nossa maneira imediatista de querer ver as coisas baseados numa ignorância de conhecimento social desses grupos.

4. É PRECISO RECONHECER QUE ESSAS PESSOAS PRECISAM DA AÇÃO TERAPÊUTICA DA IGREJA (v.35b)
         Cura é o que muita gente precisa. Cura física, cura emocional e espiritual. A igreja precisa exercer sua função terapêutica neste tempo de tanta carência. Jesus nunca se preocupou com o que uma pessoa era ou deixava de ser. O alvo de Jesus era resgatar todas. Temos os exemplos da mulher samaritana, da prostituta, de Zaqueu e tantos outros. Jesus via nesses as oportunidades de salvação e restauração. Os de grupos específicos são seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus e que precisam dessa semelhança e imagem restauradas pelo poder do evangelho. Paulo declara que: “O evangelho é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16).            
         Todos precisam da nova vida, que é Cristo. A Bíblia diz: “Aquele que está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Coríntios 5.17). Eles precisam de cura da alma, de seus traumas. Essa ação terapêutica envolve também a restauração da dignidade humana, que um dia perderam por causa dos vícios e de suas atitudes não éticas. Jesus combatia o pecado e não o pecador. Não acusemos porque essa não é a nossa função. Jesus disse para a mulher: “Onde estão os teus acusadores?” (João 8.10). Jesus não a condenou, mas mostrou um caminho e opção diferente.
         A igreja precisa trabalhar para atender as necessidades básicas do pecador em tais situações. É preciso oferecer roupa, comida, médico, medicamentos, e, em alguns casos, internação. Esse é um grande desafio missionário com grupos específicos. Um simples banho num morador de rua ajuda-o a se ver de forma diferente. Um banho pode fazê-lo entender a mensagem do evangelho, que purifica o coração e a alma.
         É preciso ensinar a Palavra, mas é preciso fazer essas pessoas sonharem o sonho da dignidade do viver e o sonho da eternidade. Jesus declarou dizendo que veio para os pecadores e não para os justos (Mateus 9.13). É preciso explicar que nunca perderam o seu valor para Deus. Jesus veio para os doentes e não para os sãos, pois os sãos não precisam de remédio, mas os doentes.

PARA PENSAR A AGIR
       Não deixe de promover ações missionárias entre os grupos específicos porque não se tem estrutura necessária. Comece já, comece agora e faça o que está ao seu alcance.
         É preciso ter visão das necessidades e vencer barreiras do preconceito e da falta de conhecimento. A igreja não pode ser ignorante quanto à realidade do mundo.
         Desenvolva parcerias com aqueles que já desenvolvem projetos e medidas visando alcançar os presidiários, viciados, moradores de rua, etc.
Autor:  Pr Hudson Galdino (SIB em Cabo Frio)
Revista Palavra e Vida   - da Convenção Batista Fluminense - 1° trimestre de 2011


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lá se vai Ronaldo

Deixo com vocês este excelente texto do Pr. Israel Belo de Azevedo.


Lá se vai Ronaldo, o Fenômeno do futebol brasileiro. Lá se vai pouco depois de uma derrota do seu time. Lá se vai porque não dá mais espetáculo. A sociedade é implacavelmente furiosa contra quem não lhe dá os resultados esperados.
Lá se vai Ronaldo, o nosso artilheiro das Copas, porque agora a imaginação do seu drible não desce mais até suas pernas. A mente pode querer, mas o corpo não deseja. E no esporte, o corpo é soberano.
Lá se vai Ronaldo, esse que sabe como são efêmeras as glórias. Quem aplaude é quem vaia. Quem chama é quem despede. O resto é ilusão.
La se vai Ronaldo, certo que, não podendo fazer o que sempre fez, pode fazer o que ainda não fez. 
Como Ronaldo, quantas vezes somos expulsos do circo, porque não domamos mais um leão por dia.
Como Ronaldo, precisamos saber que há tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de dançar e tempo de chorar, tempo de abraçar e tempo de se conter. Só permanece para sempre o que Deus faz. (Bíblia -- Eclesiastes 3)
Como Ronaldo, precisamos saber que nossa vida não acaba quando acaba aquilo que sabemos fazer. Podemos começar de novo, quando a bola fica para trás. 
Se precisamos começar de novo, devemos começar de novo. 
Alcançamos alguns alvos, mas outros ainda são possíveis.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO
(BOM DIA 426) www.prazerdapalavra.com.br

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

É preciso evangelizar

        Nós podemos definir Igreja, ou em especial, a Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo, com algumas frases objetivas:
  1. Somos um grupo de pessoas que aceitaram a Jesus como único e suficiente Salvador;
  2. Somos um grupo de pessoas que se reúnem sob uma mesma doutrina, para viver em comunhão;
  3. Somos um grupo de pessoas que amam a Jesus, e procura seguir os seus ensinamentos;
  4. Somos um grupo de pessoas que se reúnem para adorar a Jesus, celebrando assim a nossa salvação.
Mas há uma outra forma de definição que nos faz refletir sobre como e porque estamos aqui:

Somos produtos da fala e do interesse de outras pessoas, ou seja, alguém fez alguma coisa para que o evangelho nos alcançasse. Graças a Deus por isso!

         Assim sendo, nós como Igreja, fomos alcançados individualmente por outros irmãos, que foram bênçãos em nossas vidas, e, nas entrelinhas, nos deixaram esse mesmo ministério: SEJAM BÊNÇÃO, ALCANÇANDO NOVOS IRMÃOS.
        Mas, infelizmente, com o passar dos tempos, e com o corre da modernidade, nós cada vez mais, deixamos a responsabilidade desta bênção para algumas poucas pessoas, e preferimos ser simplesmente adoradores. Assim, o que se vê neste início de século são igrejas, onde a ênfase para a evangelização está no “templocentrismo” e no “pastorcentrismo”.
        Quando se fala em templocentrismo”, surge a idéia de sermos crentes na igreja, pois é lá que cultuamos e adoramos a Deus. Assim sendo lá nós somos bênçãos, lá falamos de Jesus, lá vivemos o cristianismo. E para lá que convidamos os nossos amigos.
        Quando pensamos em pastorcentrismo”  é por que jogamos toda a responsabilidade de fazer a igreja crescer no pastor. Então ele é o responsável por uma melhor adoração; por uma melhor imagem da igreja na sociedade, ele também é o responsável pelo crescimento da igreja através da evangelização.
        Assim sendo,  a tendência que existe nos atuais dias, é de que fiquemos confinados entre quatro paredes, tendo um só responsável pela expansão do reino de Deus.
        Mais é isto que a Bíblia ensina? É esta a verdade do ensinamento de Cristo? Era esta a prática da Igreja primitiva?
        Como igreja, temos quase 90 anos. Com certeza temos sido bênção em nossa cidade. Com certeza, a PIBAC é um farol que brilha e reflete a luz de Cristo ao povo cabista e aos que escolheram a nossa terra para viver.
         Estamos, como igreja, usando a palavra PESCA para dar ênfase aos propósitos (Proclamação, Ensino, Serviço, Comunhão e Adoração)?  A palavra PROCLAMAR vem nos trazer a idéia de levar a Palavra, de pregar, de falar de Jesus.
        A mesma palavra “PESCA” Jesus deixou para Pedro e os demais apóstolos, quando Ele falou para aquele simples homens que eles seriam  “pescadores de homens”.
        Hoje, 21 séculos depois, em nossa pequena aldeia de pesca, milhares de homens estão por aí para serem pescados.
        Quem se habilita para lançar a rede?  Quem se dispõe para jogar a linha e o anzol para fazer o reino de Deus crescer?
        A EBD DA PIBAC preparou para este tempo de pesca um estudo sobre evangelismo, discipulado, crescimento e obediência a Palavra de Jesus na Grande Comissão: IDE.
        Vamos juntos nos aperfeiçoar para ganhar almas
        Vamos juntos ser bênção para a nossa cidade.
        Vamos juntos ser bênção para nossa igreja
        Vamos juntos, fazer a nossa parte.